Contra o parcelamento

Parcelamento dos salários vira protesto da Educação

Professores e funcionários de escola da rede estadual registraram Boletim de Ocorrência contra medida do Governo Sartori

Carlos Queiroz -

Atualizada às 18h33min.

Os atos contra o parcelamento de salários do funcionalismo gaúcho devem se intensificar no começo da semana. Na tarde desta sexta-feira (1º), professores e funcionários de escola da rede estadual uniram-se em mobilização em frente à Polícia Civil, em Pelotas, onde registraram Boletim de Ocorrência coletivo. Os documentos devem servir de prova às ações ajuizadas contra o Governo Sartori por danos morais e materiais. Afinal, esta é a 21ª vez que os trabalhadores não recebem os salários - integralmente - até o último dia útil do mês, como dita a Constituição Estadual.

"Estamos aqui nos manifestando contra o roubo dos direitos dos trabalhadores. Contra essa desgraça de governo", afirmou, ao microfone, a integrante da direção central do Cpers-Sindicato, Sônia Solange Viana. Buzinaços de motoristas que circulavam pela rua Professor Araújo se transformaram em apoio ao movimento.

A mobilização também ganhou a adesão de estudantes, assim como no ano passado, quando ocupações se espalharam por diferentes cidades do Rio Grande do Sul. Em cartazes, os jovens davam vazão a um mesmo coro de protesto: Um Estado que não paga seus educadores, não tem futuro. Para a integrante do Grêmio Estudantil do Colégio Monsenhor Queiroz, Natiane Berneira, 17, engajar-se aos manifestos é uma forma de valorizar os profissionais que, dia a dia, lutam para crianças e adolescentes receberem boa formação: "Consideramos um absurdo o que está acontecendo. A profissão de professor está cada vez mais desvalorizada".

Próximos passos
A categoria reúne-se em duas assembleias nos próximos dias. A primeira, promovida pelo 24º Núcleo do Cpers, será marcada para segunda-feira, a partir das 9h30min. Uma caminhada, ao final do encontro, também está programada. O diretor Mauro Amaral preferiu não adiantar se a tendência é de greve, mas admitiu que um amplo levantamento com as instituições de toda a região procura definir os rumos a serem adotados daqui para frente, para pressionar o governo pelo cumprimento da legislação e da determinação judicial que o obriga a seguir o artigo 35 da Constituição Estadual.

Na manhã de terça-feira será a vez de os trabalhadores participarem da assembleia geral, junto à Praça da Matriz, em Porto Alegre. Tudo como resposta ao pagamento de apenas R$ 350,00; a parcela mais baixa desde que o governo passou a adotar o parcelamento, em 2015.

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